Coisinhas da Professora Ivanete

18 de jul. de 2010

"Confecção de espantalho julino com tecido e papel"

Comecei a aula cantando com eles a cantiga "CRIANÇA SAPECA", para descontrair um pouco, e eles adoram cantar:
"Quando vejo uma criança bem sapeca
Fico lembrando que eu também já fui assim
Por minha causa o papai ficou careca
E a mamãe ficou velha depressa por causa de mim
O papai comprou pra mamãe usar
Um chicote de amargar
Quando eu vi o chicote
Dei tantos pinotes
Que aprendi dançar um chote"
Eles adoraram a musiquinha... são danados...

Em seguida contei a história de "Zequinha, o espantalho fujão" da consagrada autora Gerusa Rodrigues Pinto (Ed. Fapi)...

Zequinha, o espantalho fujão

Numa distante fazenda, morava Dona Cota e sua netinha Mariazinha.
Lá havia muitas plantações, mas os passarinhos não davam sossego a ninguém.
Quando os lavradores semeavam os grãos, logo depois, os passarinhos estragavam todo o trabalho, revolvendo a terra e comendo todas as sementes.
Por isso, Dona Cota resolveu fazer um espantalho com a ajuda de Mariazinha.
Elas utilizaram bastante palha de milho, que foi colocada dentro de uma roupa velha, formando o corpo do espantalho.
Depois, pregaram botões no lugar dos olhos e, para terminar, Mariazinha colocou na cabeça do esp0antalho um chapéu de palha.
Até que ficou bem bonitinho.
Elas lhe deram o nome de Zequinha.
O espantalho foi colocado no meio de uma plantação que havia na fazenda.
Lá ficava ele, com os braços abertos debaixo de sol ou de chuva espantando os passarinhos.
Mas, Zequinha já estava cansado de ficar ali, dias e dias sem fazer nada, só tomando conta da plantação.
Um dia, Mariazinha estava colhendo algumas espigas de milho para a vovó Cota, quando passou perto do espantalho.
Nisto, ela ouviu um suspiro e, logo depois, uma voz muito fininha que dizia:
- Ai... Ai... Como estou triste!...
A minha vida é tão sem graça...
Mariazinha levou um susto tão grande, que sentiu um arrepio dos pés a cabeça.
Olhando para todos os lados e não vendo pessoa alguma, gritou apavorada:
- Quem está aí? Não estou vendo ninguém!
Mariazinha ficou mais apavorada ainda, quando viu que era o espantalho que lhe falara.
O espantalho repetiu:
- Como estou triste! A minha vida é tão sem graça...
A menina perguntou:
- Por que você está triste Zequinha?
- Eu estou triste, porque vivo aqui, preso nesta plantação e não posso ir onde eu quero. Já estou cansado de ser espantalho. Quero ser como você. Andar por aí observando todos as coisas belas que existem no mundo e conhecer outros lugares.
Mariazinha ficou com muita pena de Zequinha e resolveu ajuda-lo.
Ela propôs a Zequinha:
- Olhe, eu tenho uma ideia genial!
Quando a noite chegar, eu virei aqui para soltá-lo, para que você possa, então, ir onde quiser.
Assim, quando a noite chegou, Mariazinha foi até a plantação e soltou o espantalho Zequinha, que saiu saltitando todo feliz com a liberdade que conquistara.
Os lavradores é que não entenderam o que aconteceu.
Depois que o espantalho Zequinha fugiu, os passarinhos sumiram dali.
Eles não sabem que agora, Zequinha vive pelos campos, espantando todos os passarinhos que encontra nas plantações.

Gerusa Rodrigues Pinto



Confeccionamos o espantalho da história, com tecido e papel...







"Espantalho"
















"Espantalho"
















"Espantalho"
















"Espantalho"